domingo, 9 de outubro de 2011

Dentre os Obreiros

Dos obreiros que se te fizeram colaboradores e amigos, no campo do bem, conhecerás muitos deles na condição de representantes de faixas diversas da evolução humana:
aqueles que começam entusiasticamente, na trilha da obra, lançando arrojados planos de ação, e abandonam o apostolado nos alicerces, com receio do sacrifício; os que chegam otimistas, louvando as perspectivas do trabalho, e deixam a tarefa, assim que lhe observam a complexidade e a extensão; os que recolheram benefícios da seara e regressaram a ela, prometendo auxílio e reconhecimento, mas largam-na, às vezes de improviso, tão logo se vejam chamados a aprender quanto custa o esforço da sementeira; os que formulam projetos avançados de renovação, sob o pretexto de se atender ao progresso, e retiram-se quando observa,m quanto suor e quanta distância existem sempre entre a teoria e a realização; os que supõem na gleba um filão de recursos fáceis e fogem dela logo que tomam  pessoalmente o peso da charrua de obrigações que lhes compete movimentar.
Entretanto, ao lado desses cooperadores, sem dúvida respeitáveis, mas ainda inabilitados para os compromissos de longa duração, encontrarás aqueles outros, os que conhecem a importância da paz de espírito e não se arredam da empreitada que lhes coube, prosseguindo no desempenho dos deveres que abraçaram, ainda mesmo quando isso lhes custe o pão amassado com lágrimas, nos testemunhos de fé e abnegação, dia por dia.
Forma entre esses que se mostram decididos a pagar o preço da própria ascensão e reconhecerás para logo que o obreiro digno do salário da felicidade e da paz, nos erários da vida eterna, será sempre aquele que caminha para a frente com a obra no pensamento e no coração, a pleno esquecimento de si mesmo, trabalhando e servindo, compreendendo e auxiliando, amando e construindo, a serviço do bem de todos, até o fim.


Fonte: Rumo Certo

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Decisão e Vontade


Incerteza parece coisa de pouca monta, mas é assunto de importância fundamental no caminho de cada um.

As criaturas entram na instabilidade moral, habituam-se a ela, e passam ao domínio das forças negativas sem perceber.
Dizem-se confiantes pela manhã e acabam indecisas à noite.
Freqüentemente rogam em prece:
- Senhor! Eis-me diante de tua vontade!...
Mostra-me o que devo fazer!
E quando o Senhor lhes revela, através das circunstâncias, o quadro de serviço a
expressar-se, conforme as necessidades a que se ajustam, exclamam em desconsolo:
- Quem sou eu para realizar semelhante tarefa?
Não tenho forças.
Ai de mim que sou inútil!
Sabem que é preciso servir para se renovarem, mas paradoxalmente esperam renovar-se
sem servir.
Dispõem de verbo fácil e muitas vezes se proclamam inabilitadas para falar auxiliando a
alguém nas construções do Espírito.
Possuem dedos ágeis, quais filtros inteligentes engastados nas mãos; entretanto,
costumam asseverar-se inseguras na execução das boas obras.
Ouvem preleções edificantes ou mergulham-se na assimilação de livros nobres,
prometendo heroísmo para o dia seguinte, mas, passada a emoção, volvem à estaca
zero, à maneira de viajante que desiste de avançar nos primeiros passos de qualquer
jornada.
Louvam na rua o equilíbrio e a serenidade e, às vezes, dentro de casa, disputam
campeonatos de irritação.
O dever jaz à frente, a oportunidade de elevação surge brilhando, os recursos enfileiramse
para o êxito e realizações chamam urgentes, mas preferem a fuga da obrigação sob o
pretexto de que é preciso cautela para evitar o mal, quando o bem francamente lhes bate
à porta.
Trabalho, ação, aprendizado, melhoria!
Não te ponhas à espera deles sob a imaginária incapacidade de procurá-los, à vista de
imperfeições e defeitos que te marcaram ontem.
Realização pede apoio da fé.
Mãos à obra.
Tudo o que serve para corrigir, elevar, educar e construir, nasce primeiramente no esforço
da vontade unida à decisão.

Fonte: Rumo Certo

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Tempo de Confiança


“E disse-lhes Jesus: Onde está a vossa fé?” — (LUCAS, capítulo 8, versículo 25.)

A tempestade estabelecera a perturbação no ânimo dos discípulos mais fortes. Desorientados, ante a fúria dos elementos, socorrem-se de Jesus, em altos brados.

Atende-os o Mestre, mas pergunta depois:
- Onde está a vossa fé?

O quadro sugere ponderações de vasto alcance. A interrogação de Jesus indica claramente a necessidade de manutenção da confiança, quando tudo parece obscuro e perdido. Em tais circunstâncias, surge a ocasião da fé, no tempo que lhe é próprio.

Se há ensejo para trabalho e descanso, plantio e colheita, revelar-se-á igualmente a confiança na hora adequada.

Ninguém exercitará otimismo, quando todas as situações se conjugam para o bem-estar. É difícil demonstrar-se amizade nos momentos felizes.

Aguardem os discípulos, naturalmente, oportunidades de luta maior, em que necessitarão aplicar mais extensa e intensivamente os ensinos do Senhor. Sem isso, seria impossível aferir valores.

Na atualidade dolorosa, inúmeros companheiros invocam a cooperação direta do Cristo. E o socorro vem sempre, porque é infinita a misericórdia celestial, mas, vencida a dificuldade, esperem a indagação:

- Onde está a vossa fé?
E outros obstáculos sobrevirão, até que o discípulo aprenda a dominar-se, a educar-se e a vencer, serenamente, com as lições recebidas.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Barreiras

Que há sofrimentos, em toda parte do mundo, não há negar. Reflitamos, porém, nos sofrimentos criados por nós mesmos.

Aquele da solidão em que nos ilhamos, através de falsos conceitos, é um deles. E dos maiores.

Constrangedoras cercas mentais em que nos gradeamos, desertando da vida comum. Barreiras as mais diferentes.

Há os que se admitem demasiadamente envelhecidos na experiência física e se emparedam contra toda a espécie de renovação, como se a madureza não fosse o período áureo da reflexão, com as alegrias conscientizadas da vida.

Há os que vararam acidentes afetivos e entram em pessimismo sistemático, como se o amor, divina herança do Criador para todas as criaturas – devesse estar escravizado ao nível da incompreensão.

Há os que se declaram ludibriados pelo fracasso e se encasulam no desanimo, olvidando a construção da felicidade própria.

Há os que acreditam muito mais na doença que na saúde e se estiram em desalento, rendendo culto à suposta incapacidade.

Em todos os lugares, cercas de amarguras, desalento, tristeza, deserção. Entretanto, a vida igualmente, em toda parte, oferece a todos os seus filhos uma senha de progresso: - trabalho e participação.

Se te dispões a aprender e servir, ninguém pode avaliar o tesouro das oportunidades de elevação que te descerrará ao caminho.

Abençoa a disciplina que nos orienta o coração com diretrizes justas, mas não te prendas a limitações imaginárias que te separem da idéia de Deus e da grandeza da vida.

Quando te encontrares em dúvida, quanto à liberdade espiritual a que todos nos achamos destinados pelos princípios de evolução e aperfeiçoamento, olha para o Alto.

Toda a região que nomeamos por céu não é mais que uma saída gloriosa com milhões de portas abertas para a celeste ascensão.

Fonte: Rumo Certo

domingo, 5 de junho de 2011

Guardemos o Ensino


"Ponde vós estas palavras em vossos ouvidos." - Jesus. (LUCAS, 9:44.)

Muitos escutam a palavra do Cristo, entretanto, muito poucos são os que colocam a lição nos ouvidos.

Não se trata de registrar meros vocábulos e sim fixar apontamentos que devem palpitar no livro do coração. Não se reportava Jesus à letra morta, mas ao verbo criador.

Os círculos doutrinários do Cristianismo estão repletos de aprendizes que não sabem atender a esse apelo. Comparecem às atividades espirituais, sintonizando a mente com todas as inquietações inferiores, menos com o Espírito do Cristo. Dobram joelhos, repetem fórmulas verbalistas, concentram-se em si mesmos, todavia, no fundo, atuam em esfera distante do serviço justo.

A maioria não pretende ouvir o Senhor e, sim, falar ao Senhor, qual se Jesus desempenhasse simples função de pajem subordinado aos caprichos de cada um.

São alunos que procuram subverter a ordem escolar. Pronunciam longas orações, gritam protestos, alinhavam promessas que não podem cumprir.

Não estimam ensinamentos. Formulam imposições. E, à maneira de loucos, buscam agir em nome do Cristo.

Os resultados não se fazem esperar. O fracasso e a desilusão, a esterilidade e a dor vão chegando devagarinho, acordando a alma dormente para as realidades eternas. Não poucos se revoltam, desencantados.

Não se queixem, contudo, senão de si mesmos.

"Ponde minhas palavras em vossos ouvidos", disse Jesus.

O próprio vento possui uma direção. Teria, pois, o Divino Mestre transmitido alguma lição, ao acaso?

Fonte: Vinha de Luz

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Preciso de Você Neste Inverno


Com a aproximação do inverno a temperatura vem diminuindo a cada dia em diversas capitais.
Mas com o frio também vem a preocupação com aquelas pessoas que não tem como se agasalhar, com isso a Prefeitura de São Paulo faz todos os anos a Campanha do agasalho, afim de receber doacões.
Tenho certeza que se você parar para pensar e se desapegar um pouco, encontrará no fundo do armário ou gaveta um agasalho, suéter ou moleton em bom estado que você não usa a muito tempo e que está encostado esperando por alguém que tanto necessita.
Separe meias, calças, blusas de manga comprida, blusas de lã, cobertor, edredom, lençol e doe para a campanha do agasalho 2011.

Existem vários postos de coleta, espalhados pela cidade de São Paulo. Dentre eles estão as principais estações de metrô e trem, supermercados, lojas, farmácias, escolas e repartições públicas.


Para saber todos os locais acesse o site oficial da ação e descubra o local mais próximo de sua residência e/ou trabalho.
Faça parte desta Campanha, doe agasalhos e cobertores. Incentive esta ação!

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Auto-libertação

...Nada trouxemos para este mundo e manifesto é que nada podemos levar dele," - Paulo, (TIMOTEO, 6:7.)
Se desejas emancipar a alma das grilhetas escuras do "eu", começa o teu curso de auto-libertação, aprendendo a viver "como possuindo tudo a nada tendo", "com todos e sem ninguém".
Se chegaste à Terra na condição de um peregrino necessitado de aconchego e socorro e se sabes; que te retirarás dela sozinho, resigna-te a viver contigo mesmo, servindo a todos, em favor do teu crescimento espiritual para a imortalidade.
Lembra-te de que, por força das leis que governam os destinos, cada criatura está ou estará em solidão, a seu modo, adquirindo a ciência da auto-superação.
Consagra-te ao bem, não só pelo bem de ti mesmo, mas, acima de tudo, por amor ao próprio bem.
Realmente grande é aquele que conhece a própria pequenez, ante a vida infinita.
Não te imponhas, deliberadamente, afugentando a simpatia; não dispensarás o concurso alheio na execução de tua tarefa.
Jamais suponhas que a tua dor seja maior que a do vizinho ou que as situações do teu agrado sejam as que devam agradar aos que te seguem. Aquilo que te encoraja pode espantar a muitos e o material de tua alegria pode ser um veneno para teu irmão.
Sobretudo, combate a tendência ao melindre pessoal com a mesma persistência empregada no serviço de higiene do leito em que repousas. Muita ofensa registrada é peso inútil ao coração. Guardar o sarcasmo ou o insulto dos outros não será o mesmo que cultivar espinhos alheios em nossa casa?
Desanuvia a mente, cada manhã, e segue para diante, na certeza de que acertaremos as nossas contas com Quem nos emprestou a vida e não com os homens que a malbaratam.
Deixa que a realidade te auxilie a visão e encontrarás a divina felicidade do anjo anônimo, que se confunde na glória do bem comum.
Aprende a ser só, para seres mais livre no desempenho do dever que te une a todos, e, de pensamento voltado para o Amigo Celeste, que esposou o caminho estreito da cruz, não nos esqueçamos da advertência de Paulo, quando nos diz que, com alusão a quaisquer patrimônios de ordem material, "nada trouxemos para este mundo e manifesto é que nada podemos levar dele".

domingo, 8 de maio de 2011

Vaso Espiritual

"Que cada um de vós saiba possuir o seu vaso em santificação e honra." - Paulo. (TESSALONICENSES, 4:4.)

A recomendação de Paulo de Tarso aos tessalonicenses ainda se reveste de plena atualidade.

O vaso da criatura é o corpo que lhe foi confiado. O homem comum, em sua falsa visão do caminho evolutivo, inadvertidamente procura saturá-lo de enfermidade, lama e sombras e, em toda parte, observam-se consequências funestas de semelhantes desvios. Aqui, aparecem abusos da alimentação; além, surgem excessos inconfessáveis.

Existências numerosas esbarram no túmulo, à maneira de veículos preciosos atropelados ou esmagados pela imprevidência.

Entretanto, não faltam recursos da Bondade Divina para que o patrimônio se mantenha íntegro, nas mãos do beneficiário que é a nossa alma imortal.

A higiene, a temperança, a medicina preventiva, a disciplina jamais deverão ser esquecidas.

O Pai Compassivo não se despreocupa das necessidades dos filhos, mas sim os próprios filhos é que menoscabam os valores que a Sabedoria Infinita lhes empresta por amor. Alguns superlotam o vaso sagrado com bebidas tóxicas e estonteantes, transformam-no outros em máquina da gula carniceira, quando não o despedaçam, nos choques do prazer delituoso.

Em obedecer aos impositivos de equilíbrio, na Lei Divina, reside a magnífica prova para todos os filhos da inteligência e da razão. Raros saem dela integralmente vitoriosos.

A maioria espera milagres para exonerar-se dos compromissos assumidos, olvidando que o problema do resgate e do reajustamento compete a cada um.

O melhor pai terrestre não conseguirá preservar o vaso dos filhos, senão transmitindo-lhes as diretrizes do reto proceder. Fora, pois, da lição da palavra e do exemplo, é imprescindível reconhecer que cada criatura deve saber possuir o próprio vaso em santificação e honra para Deus.

Fonte: Vinha de Luz

terça-feira, 3 de maio de 2011

Adiante de Vós

"Mas ide dizer a seus discípulos, e a Pedro, que ele vai adiante de vós para a Galiléia." - (MARCOS, 16:7.)


É raro encontrarmos discípulos decididos à fidelidade sem mescla, nos momentos que a luta supera o âmbito normal.

Comumente, em se elevando a experiência para maiores demonstrações de coragem, valor e fé, modificam-se lhes o ânimo, de imediato. Converte-se a segurança em indecisão, a alegria em desalento.

Multipliquem-se os obstáculos e surgirá dolorosa incerteza.

Os aprendizes, no entanto, não devem olvidar a sublime promessa do princípio, quando o pastor recompunha o rebanho disperso.

Quando os companheiros, depois da Ressurreição, refletiam no futuro, oscilando entre a dúvida e a perplexidade, eis que o Mensageiro do Mestre lhes endereça aviso salutar, assegurando que o Senhor marcharia adiante dos amigos, para a Galileia, onde aguardaria os amados colaboradores, a fim de assentarem as bases profundas do trabalho evangélico no porvir.

Não nos cabe esquecer que, nas primeiras providências do apostolado divino, Jesus sempre se adiantou aos companheiros nos testemunhos santificantes.

E assim acontece, invariavelmente, no transcurso dos séculos.

O Mestre está sempre fazendo o máximo na obra redentora, contando com o esforço dos cooperadores apenas nas particularidades minúsculas do celeste serviço...

Não vos entregueis às sombras da indecisão quando permanecerdes sozinhos ou quando o trabalho se agrave na estrada comum. Ide, confiantes e otimistas, às provações salutares ou às tarefas dilacerantes que esperam por nosso concurso e ação. Decerto, não seremos aquinhoados por facilidades deliciosas, num mundo onde a ignorância ainda estabelece lamentáveis prisões, mas sigamos felizes no encalço das obrigações que nos competem, conscientes de que Jesus, amoroso e previdente, já seguiu adiante de nós ...



Fonte: Vinha de Luz

domingo, 24 de abril de 2011

CONVÉM REFLETIR

“Mas todo homem seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para
se irar.” — (TIAGO, capítulo 1, versículo 19.)

Analisar, refletir, ponderar são modalidades do ato de ouvir. 
É indispensável que a criatura esteja sempre disposta a identificar o sentido das
vozes, sugestões e situações que a rodeiam.
Sem observação, é impossível executar a mais simples tarefa no ministério
do bem. Somente após ouvir, com atenção, pode o homem falar de modo
edificante na estrada evolutiva.
Quem ouve, aprende. Quem fala, doutrina. Um guarda, outro espalha.
Só aquele que guarda, na boa experiência, espalha com êxito.
O conselho do apóstolo é, portanto, de imorredoura oportunidade.
E forçoso é convir que, se o homem deve ser pronto nas observações e
comedido nas palavras, deve ser tardio em irar-se.
Certo, o caminho humano oferece, diariamente, variados motivos à ação
enérgica; entretanto, sempre que possível, é útil adiar a expressão colérica
para o dia seguinte, porqüanto, por vezes, surge a ocasião de exame mais
sensato e a razão da ira desaparece.
Tenhamos em mente que todo homem nasce para exercer uma função
definida. Ouvindo sempre, pode estar certo de que atingirá serenamente os fins
a que se destina, mas, falando, é possível que abandone o esforço ao meio, e,
irando-se, provavelmente não realizará coisa alguma.

Fonte: Livro Caminho Verdade e Vida

sábado, 16 de abril de 2011

Seguir Jesus, é praticar o amor incondicional



O verdadeiro amor não coloca condições, não coloca distâncias, não coloca empecilhos. É livre do ego, da vaidade, de querer atender a si mesmo. É altruísta. Pensa no outro antes de si mesmo. E coloca toda a sua atenção naquilo que ama. Sem apego! É todo ouvido, todo coração, braços e mãos, pernas e pés. É todo olhos, sentidos. É inteiro naquilo que é. O amor incondicional se entrega, não conhece o medo. Se este se aproxima, anula-o em função de algo maior. 

O amor é coragem, é a força que anima a alma. O amor é alegria e não cansaço! O amor verdadeiro não conhece a palavra, "meu", porque entende que o outro é um ser individual e que somente entrando em seu coração, pode compreender e partilhar. O amor não é o que é por expectativas. Não é temporal. É permanência, fluidez. Não conhece a culpa. Conhece a desculpa, o perdão. Porque é livre de julgamentos e condenações. Aproxima, ao invés de afastar. Fala baixo, ao invés de gritar. Porque a nada e a ninguém quer impor-se. O amor incondicional é mais ouvidos do que verbo. É mais gestos que palavras. 



Vamos praticar?


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domingo, 10 de abril de 2011

A Caridade Começa em Casa


No refúgio do lar, encontramos um amor que nunca acaba e atenção às necessidades e às feridas especiais. Abraços simpáticos, sinceros agradecimentos e elogios às coisas bem feitas são gestos angélicos de bondade, os quais renovam os espíritos e acendem o amor nos membros da família. 

Quando o cônjuge torna-se retraído ou as notas do filho pioram, pode ser sinal de problema. Seu Anjo pode ajudá-lo a cultivar uma atmosfera de comunicação aberta, auxiliando os familiares a se ajudarem nas horas difíceis.

Fique com Deus!


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segunda-feira, 4 de abril de 2011

A Sabedoria do Desapego

Bom é agir e bom é abster-se da atividade; tanto isto como aquilo conduz à meta suprema. Mas, para o principiante, melhor é agir corretamente.

O verdadeiro renunciante é somente aquele que nada deseja e nada recusa, inatingido pelos opostos, tanto no seu agir como no seu desistir; não afetado nem por esperança nem por medo.

Os ignorantes tecem teorias sobre o agir e o conhecer, como se se tratasse de duas coisas distintas: mas os sábios estão convencidos de que quem faz isto, não deixa de colher os frutos daquilo.

O reino da quietude que os sábios conquistam pela meditação é também conquistado pelos que praticam ações; sábio é aquele que compreende que essas duas coisas – a consciência mística e a ação prática – são uma só em sua essência.
           
Difícil tarefa, herói, é alcançar o estado de renúncia sem ação e sem que o espírito da fé penetre o coração. O sábio que, pela força da verdade, renuncia a si mesmo, integra-se em Brahman.

Esse é puro de coração, forte no bem e senhor de todos os seus sentidos; a sua vida está a serviço da vida de todos, e ele realiza todas as ações sem ser escravizado por nenhuma delas. Porquanto reconhece que não é ele que age, quando vê, ouve ou sente.

Pois, quando vê ou ouve, cheira ou come, dorme ou respira, quando abre ou fecha os olhos, quando dá ou recebe ou exerce outro ato sensório qualquer – não  são senão seus sentidos que operam com esses objetos externos.

Quem tudo faz sem apego ao resultado dos seus atos faz tudo no espírito de Deus, e, como a flor de lótus, incontaminada pelo lago em que vive, permanece isento do mal.

Com todas as forças do espírito, da mente, do coração e do corpo luta o  yogui pela purificação de sua alma, sem nada buscar para si mesmo em tudo o que faz.

Quem a tudo renuncia, jubiloso, alcança, já agora, a mais alta paz do espírito; mas quem espera vantagem das suas obras é escravizado pelos seus desejos.

O sábio que, em corpo terrestre, se libertou do egoísmo, habita, mesmo quando age, no céu da sua paz, na “cidade dos nove portais”; não tem desejos, nem induz outros a terem desejos.

O Senhor do Universo não cria a ação nem o impulso de agir, nem o desejo dos frutos da atividade – tudo isso nasce da natureza finita do indivíduo.

O Senhor do Universo não toma sobre si as culpas dos homens, porque está acima de todas as ações, perfeito em si mesmo. Erram os homens por sua própria ignorância, porque a luz da verdade está envolta nas trevas da ilusão.

Mas quando as trevas sedem à luz, amanhece o dia, e, assim como o sol em pleno esplendor, revela-se ao Ser Supremo.

Quem se integra no Ser Supremo e nele repousa está livre da incerteza e trilha caminho luminoso, do qual não há retorno, porque a luz da verdade o libertou do mal.
           
Quem vive na luz da Verdade vê Deus em todos os seres – no brâhmane e no cão, no elefante e na vaca, e até no desprezado paria.

Os que estão firmes na luz da verdade venceram o mundo, já aqui na terra, pela fé na harmonia universal; porquanto Brahman transcende todas as condições da dualidade, habitando na suprema unidade – quem o conhece, repousa em Brahman.

Quem vive firmemente consolidado na consciência de Brahman não sucumbe à alegria, na prosperidade, nem à frustração, na adversidade – mas remonta à claridade sem nuvens e se integra na Divindade.

Quem preserva sua alma livre de todas as coisas que vêm de fora realiza o seu verdadeiro EU, atinge a Paz Profunda, a beatitude do verdadeiro ser.

As alegrias que brotam do mundo dos sentidos encerram germes de futuras tristezas; vêm e vão; por isso, ó príncipe, não é nelas que o sábio busca a sua felicidade.

Feliz é aquele que, durante a vida terrestre, consegue libertar-se dos impulsos que geram paixão e ódio, estabelecendo-se firmemente no espírito da união com Deus.

É ele, na verdade, um santo, que encontra o céu dentro de si mesmo; a sua vida é uma com Brahman e abre-se-lhe a porta do  nirvana.

É assim que os rishis, livres de incertezas e senhores de si mesmos, já aqui na terra, entram no nirvana da Divindade, vivendo a vida de todos os seres.

Todos os que, libertos de ódio e paixões, fortes na humildade e iluminados pela fé, superaram o seu ego humano e realizaram em si o Eu divino, todos eles se aproximaram da verdadeira Paz em Deus.

yogui que habita na luz, que se abstém do contato com o mundo dos sentidos, cujo olho espiritual se abriu e cuja respiração espiritual se sintonizou com a respiração corporal.

Ele, que repleto da virtude de Deus, governa o coração e a mente, e, sem egoísmo, anseia pela redenção – esse se libertou de si mesmo e vive na paz eterna, aqui e por toda a parte.

Ele sabe, que EU SOU a Essência em todas as Existências; eu, o Imanifesto em todos os Manifestos: eu, a suprema e imutável Realidade em todos os mundos em incessante mutação; eu, refúgio e proteção de todas as criaturas. Quem isto sabe, encontrou a paz.

                                                                                                                                               Bhagavad Gita

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terça-feira, 29 de março de 2011

Vamos Combater a Intolerância

“A intolerância entre os homens continuará existindo. A busca do entendimento jamais conseguirá  penetrar até a alma, até o fundo dos pensamentos se não existir o desejo de mudar. Podem caminhar um ao lado do outro, às vezes abraçados, mas nunca unidos, e a pessoa moral de cada um de nós ficará eternamente sozinha por toda a vida."             (Guy de Maupassant)


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quarta-feira, 23 de março de 2011

Vamos semear a paz!

Havia um jovem pastor que foi enviado para um vilarejo. Quando chegou, começou a conversar com os moradores para conhecer mais sobre cada um. Aí lhe contaram  que haviam 2 donas de casa que não se falavam há 20 anos. Ele resolveu visitar cada uma. 

Quando visitou a 1ª, perguntou o porquê dela não falar mais com a sua vizinha. Ela contou horrores da outra, mil defeitos que a outra tinha, e mil coisas erradas que já havia feito. Mas no final falou, "olha, a única coisa boa que ela faz é uma torta de doce de leite que é uma delícia." 

Aí ele visitou a outra, e perguntou o porquê dela não falar com a sua colega. Ela abriu a boca e ficou meia-hora contando dos defeitos da outra. Aí no final perguntou para ele, "o senhor a visitou, o que ela falou de mim?" Ele respondeu, "ela disse que você faz uma torta de doce de leite deliciosa." Ela ficou toda sem graça. Disse, "olha, tenho que admitir que ela é uma ótima cozinheira também, faz um bolo de chocolate maravilhoso. Vou fazer o seguinte, vou fazer uma torta e o senhor leva pra ela de presente, já que ela gosta tanto." 

Aí ele levou o presente em nome da outra, e disse como o bolo de chocolate foi elogiado. A outra então também preparou o bolo, e daí em diante elas voltaram a se falar.



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terça-feira, 22 de março de 2011

Estudo indica que religião pode acabar em 9 países

Dados de censos colhidos desde o século 19 indicam que a religião pode ser extinta em nove nações ricas que foram analisadas em um estudo científico.
A pesquisa identificou uma tendência de aumento no número de pessoas que afirmam não ter religião na Austrália, Áustria, Canadá, Finlândia, Irlanda, Holanda, Nova Zelândia, Suíça e República Tcheca --o país com o índice mais elevado, com 60%.
Usando um modelo de progressão matemática, o levantamento --divulgado durante um encontro da American Physical Society-- mostra que as pessoas que seguem alguma religião vão praticamente deixar de existir nestes países.
Na Holanda, por exemplo, 70% dos holandeses não terão religião alguma até 2050. Hoje, esse grupo é de 40% da população.
"Em muitas democracias seculares modernas, há uma tendência maior de as pessoas se identificarem como sem uma religião", afirma Richard Wiener, que trabalha em um centro de pesquisa em ciência avançada, subordinado ao departamento de física da Universidade do Arizona.
A pesquisa seguiu um modelo de dinâmica não-linear que leva em conta fatores sociais e a influência que exercem em uma pessoa a fazer parte de um grupo não-religioso.
Os parâmetros se mostraram semelhantes em vários países pesquisados, indicando que a religião está a caminho da extinção nessas nações.

terça-feira, 15 de março de 2011

O Dever de Cultivar Virtudes

Ao navegar rapidamente pela Internet, fico sabendo que existem sociedades para a proteção dos animais, pássaros, plantas, crianças, edifícios antigos, lagos alpinos, florestas de New Hampshire e direitos autorais mecânicos. Existe até - eu a saúdo como uma nobre causa - uma Sociedade de Proteção do Apóstrofo, dedicado a 'preservar o uso correto deste sinal de pontuação que é muito abusado.' Portanto, insisto na criação de uma Sociedade para a Proteção da Educação. É uma virtude que está seriamente ameaçada.

Já perdi a conta do número de pessoas em destaque hoje em dia que são pagas, na verdade, para serem rudes. Há o entrevistador que, confrontado com uma resposta, diz: "Isso é mentira," e a apresentadora de um programa de perguntas e respostas que se deleita em ser chamada "rainha nacional da maldade." Há o participante do programa de debates sobre moral que se especializa em alfinetar as pessoas, ridicularizando qualquer um com quem não concorde; as estrelas de cinema que ganham notoriedade nacional por meio de blasfêmia e obscenidade calculada; os heróis do futebol que agridem ou têm um ataque coreografado de fúria; o jornalista especializado em carros, famoso por sua habilidade em esculhambar últimos modelos; e a supermodelo conhecida por bater o pé como uma criança mal-educada. A lista é interminável e deprimente.

Pouco há para ser dito sobre a rudeza. Houve uma época em que precisava-se de coragem para desafiar as convenções, mas hoje em dia não há mais convenções para serem desafiadas. Beethoven era conhecido por ser descortês de tempos em tempos, mas tinha outros motivos para merecer sua fama. Costumava haver a arte do insulto elegante. Conta-se que Lady Astor, famosa milionária americana, disse a Winston Churchill: "Se o senhor fosse meu marido, eu colocaria veneno em seu café." Churchill replicou: "Madame, se a senhora fosse minha esposa, eu o tomaria com prazer." Os insultos atuais, porém, estão mais próximos da estupidez que da inteligência. As crianças gostam de assustar e de receberem sustos, mas não somos uma sociedade de crianças.

Resumindo: a rudeza é grosseira. Não há nada a dizer em sua defesa. É uma forma de ataque verbal, uma agressão, uma humilhação deliberada da outra pessoa. Por que tem prosperado? A melhor resposta foi dada pelo filósofo Alasdair MacIntyre. Houve uma época, diz ele, em que compartilhávamos uma linguagem moral. Acreditávamos no certo e no errado. Quando se tratava de discordância, as pessoas sabiam que precisavam de argumentos para provar seu ponto de vista. Hoje acreditamos (equivocadamente) que a moralidade é subjetiva, seja qual for aquela que escolhamos. E que portanto, não há argumento a ser sustentado além da mera defesa de opinião. A voz mais alta, mais estridente, mais rude, vence.

É por isso que a civilidade ainda é importante. Aquelas virtudes há muito esquecidas - gentileza, cortesia, tato, moderação, a disposição de escutar um outro ponto de vista - significam que aqueles que as praticam levam outras pessoas a sério. Não infligem dor desnecessariamente. Acreditam que a verdade é mais importante que vencer um debate; que sensibilidade aos sentimentos do próximo não representa fraqueza, mas força. Por estranho que pareça, são os entrevistadores mais gentis, não os agressivos, que conseguem as respostas mais reveladoras. O talento vence, não a força bruta. Ouvir o outro lado com justiça é a única maneira de vencer uma discussão e conservar um amigo.

Diz o Livro dos Provérbios: "Um tolo se deleita em ventilar suas próprias opiniões." Em contraste, "A língua que traz a cura é uma árvore de vida." Ou para citar o filósofo francês André Comte-Sponville: "Boas maneiras precedem e preparam o caminho para as boas ações." A moralidade é como uma educação da alma, a etiqueta da vida interior. Somente aqueles que são pequenos fazem os outros se sentirem diminuídos. A polidez é o reconhecimento de que somos tão importantes quanto permitimos que os outros o sejam.
Por Professor Jonathan Sachs, Rabino Chefe da Inglaterra 

domingo, 20 de fevereiro de 2011

A vivência do evangelho me aproxima de Deus

Oração do Perdão

Pai, quando eu for chamado para junto de Ti, quero partir com o coração aliviado de qualquer sentimento menor que possa reter-me ao vale de lágrimas onde me encontro hoje.

Ah, Meu Deus, que nada do que já vivi e ainda vivo seja obstáculo à minha felicidade amanhã!...


Quando eu me for, quero alçar vôo como fazem as aves que planam livres por sobre as misérias humanas, e que não pousam no chão senão para buscar o alimento que as mantém fortes nas alturas!...


Quando meus olhos se cerrarem à ilusão da carne, é de minha vontade que eu me distancie do mundo com a leveza das almas experimentadas na forja das provas árduas, sem que o peso dos sentimentos menores impeça meu anseio de libertação!

Desejo, Pai, libertar-me, sendo fiel à Tua lei de amor e de perdão!

Eu compreendo que a Terra é a escola onde Tu nos prepara para a angelitude!...


Eu compreendo que o sofrimento é a lição que nos faz avançar para a glória ou estacionar na senda de novas e mais dolorosas provas!...


Eu compreendo que tudo é seleção: os laços, a estrada, os acontecimentos...


De minha atitudes colherei bem ou mal; com minhas decisões talharei o que serei amanhã.


Alegrias infinitas ou sofrimentos sem conta nascem unicamente de meus atos, a revelia do que os outros me fazem ou deixam de fazer...

Por isso, Pai, conduz meu pensamento de tal sorte que, quando chegar minha hora, nada do que vivi possa retardar-me o passo ou prender-me outra vez ao sombrio grilhão da dor.

De todos os momentos experimentados, que eu carregue comigo apenas aqueles que me proporcionaram coisas úteis e felizes.


Que os infortúnios e mágoas do passado não sejam mais peso em meu coração, a impedir a realização dos mais ardentes anseios de felicidade e sublimação!...


As lágrimas que me fizeram verter - eu perdôo.
As dores e as decepções - eu perdôo.
As traições e mentiras - eu perdôo.
As calúnias e as intrigas - eu perdôo.
O ódio e a perseguição - eu perdôo.
Os golpes que me feriram - eu perdôo.
Os sonhos destruídos - eu perdôo.
As esperanças mortas - eu perdôo.

O desamor e a antipatia - eu perdôo.
A indiferença e a má vontade - eu perdôo.
A desconsideração dos amados - eu perdôo.
A cólera e os maus tratos - eu perdôo.
A negligência e o esquecimento - eu perdôo.
O mundo, com todo o seu mal - eu perdôo.


A partir de hoje proponho-me a perdoar porque a felicidade real é aquela que nasce do esquecimento de todas as faltas!...


No lugar da mágoa e do ressentimento, coloco a compreensão e o entendimento; no lugar da revolta, coloco a fé na Tua Sabedoria e Justiça; no lugar da dor, coloco o esquecimento de mim mesmo; no lugar do pranto coloco a certeza do riso e da esperança porvindoura; no lugar do desejo de vingança, coloco a imagem do Cordeiro imolado e o mais sublime dos perdões...

ó assim, Pai, se um dia eu tiver que retornar à carne, poderei me levantar forte e determinado sobre os meus pés e não obstante todos os sofrimentos que experimentar, serei naturalmente capaz de amar acima de todo desamor, de doar mesmo que despossuído de tudo, de fazer feliz aos que me rodearem, de honrar qualquer tarefa que me concederes, de trabalhar alegremente mesmo que em meio a todos impedimentos, de estender a mão ainda que em mais completa solidão e abandono, de secar lágrimas ainda que aos prantos, de acreditar mesmo que desacreditado, e de transformar tudo em volta pela força de minha vontade, porque só o perdão rasga os véus sombrios do ressentimento e da revolta, frutos infelizes do egoísmo e do orgulho, libertando meu coração no rumo do bem e da paz, do amor verdadeiro e da felicidade eterna!

Assim seja!