terça-feira, 29 de março de 2011

Vamos Combater a Intolerância

“A intolerância entre os homens continuará existindo. A busca do entendimento jamais conseguirá  penetrar até a alma, até o fundo dos pensamentos se não existir o desejo de mudar. Podem caminhar um ao lado do outro, às vezes abraçados, mas nunca unidos, e a pessoa moral de cada um de nós ficará eternamente sozinha por toda a vida."             (Guy de Maupassant)


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quarta-feira, 23 de março de 2011

Vamos semear a paz!

Havia um jovem pastor que foi enviado para um vilarejo. Quando chegou, começou a conversar com os moradores para conhecer mais sobre cada um. Aí lhe contaram  que haviam 2 donas de casa que não se falavam há 20 anos. Ele resolveu visitar cada uma. 

Quando visitou a 1ª, perguntou o porquê dela não falar mais com a sua vizinha. Ela contou horrores da outra, mil defeitos que a outra tinha, e mil coisas erradas que já havia feito. Mas no final falou, "olha, a única coisa boa que ela faz é uma torta de doce de leite que é uma delícia." 

Aí ele visitou a outra, e perguntou o porquê dela não falar com a sua colega. Ela abriu a boca e ficou meia-hora contando dos defeitos da outra. Aí no final perguntou para ele, "o senhor a visitou, o que ela falou de mim?" Ele respondeu, "ela disse que você faz uma torta de doce de leite deliciosa." Ela ficou toda sem graça. Disse, "olha, tenho que admitir que ela é uma ótima cozinheira também, faz um bolo de chocolate maravilhoso. Vou fazer o seguinte, vou fazer uma torta e o senhor leva pra ela de presente, já que ela gosta tanto." 

Aí ele levou o presente em nome da outra, e disse como o bolo de chocolate foi elogiado. A outra então também preparou o bolo, e daí em diante elas voltaram a se falar.



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terça-feira, 22 de março de 2011

Estudo indica que religião pode acabar em 9 países

Dados de censos colhidos desde o século 19 indicam que a religião pode ser extinta em nove nações ricas que foram analisadas em um estudo científico.
A pesquisa identificou uma tendência de aumento no número de pessoas que afirmam não ter religião na Austrália, Áustria, Canadá, Finlândia, Irlanda, Holanda, Nova Zelândia, Suíça e República Tcheca --o país com o índice mais elevado, com 60%.
Usando um modelo de progressão matemática, o levantamento --divulgado durante um encontro da American Physical Society-- mostra que as pessoas que seguem alguma religião vão praticamente deixar de existir nestes países.
Na Holanda, por exemplo, 70% dos holandeses não terão religião alguma até 2050. Hoje, esse grupo é de 40% da população.
"Em muitas democracias seculares modernas, há uma tendência maior de as pessoas se identificarem como sem uma religião", afirma Richard Wiener, que trabalha em um centro de pesquisa em ciência avançada, subordinado ao departamento de física da Universidade do Arizona.
A pesquisa seguiu um modelo de dinâmica não-linear que leva em conta fatores sociais e a influência que exercem em uma pessoa a fazer parte de um grupo não-religioso.
Os parâmetros se mostraram semelhantes em vários países pesquisados, indicando que a religião está a caminho da extinção nessas nações.

terça-feira, 15 de março de 2011

O Dever de Cultivar Virtudes

Ao navegar rapidamente pela Internet, fico sabendo que existem sociedades para a proteção dos animais, pássaros, plantas, crianças, edifícios antigos, lagos alpinos, florestas de New Hampshire e direitos autorais mecânicos. Existe até - eu a saúdo como uma nobre causa - uma Sociedade de Proteção do Apóstrofo, dedicado a 'preservar o uso correto deste sinal de pontuação que é muito abusado.' Portanto, insisto na criação de uma Sociedade para a Proteção da Educação. É uma virtude que está seriamente ameaçada.

Já perdi a conta do número de pessoas em destaque hoje em dia que são pagas, na verdade, para serem rudes. Há o entrevistador que, confrontado com uma resposta, diz: "Isso é mentira," e a apresentadora de um programa de perguntas e respostas que se deleita em ser chamada "rainha nacional da maldade." Há o participante do programa de debates sobre moral que se especializa em alfinetar as pessoas, ridicularizando qualquer um com quem não concorde; as estrelas de cinema que ganham notoriedade nacional por meio de blasfêmia e obscenidade calculada; os heróis do futebol que agridem ou têm um ataque coreografado de fúria; o jornalista especializado em carros, famoso por sua habilidade em esculhambar últimos modelos; e a supermodelo conhecida por bater o pé como uma criança mal-educada. A lista é interminável e deprimente.

Pouco há para ser dito sobre a rudeza. Houve uma época em que precisava-se de coragem para desafiar as convenções, mas hoje em dia não há mais convenções para serem desafiadas. Beethoven era conhecido por ser descortês de tempos em tempos, mas tinha outros motivos para merecer sua fama. Costumava haver a arte do insulto elegante. Conta-se que Lady Astor, famosa milionária americana, disse a Winston Churchill: "Se o senhor fosse meu marido, eu colocaria veneno em seu café." Churchill replicou: "Madame, se a senhora fosse minha esposa, eu o tomaria com prazer." Os insultos atuais, porém, estão mais próximos da estupidez que da inteligência. As crianças gostam de assustar e de receberem sustos, mas não somos uma sociedade de crianças.

Resumindo: a rudeza é grosseira. Não há nada a dizer em sua defesa. É uma forma de ataque verbal, uma agressão, uma humilhação deliberada da outra pessoa. Por que tem prosperado? A melhor resposta foi dada pelo filósofo Alasdair MacIntyre. Houve uma época, diz ele, em que compartilhávamos uma linguagem moral. Acreditávamos no certo e no errado. Quando se tratava de discordância, as pessoas sabiam que precisavam de argumentos para provar seu ponto de vista. Hoje acreditamos (equivocadamente) que a moralidade é subjetiva, seja qual for aquela que escolhamos. E que portanto, não há argumento a ser sustentado além da mera defesa de opinião. A voz mais alta, mais estridente, mais rude, vence.

É por isso que a civilidade ainda é importante. Aquelas virtudes há muito esquecidas - gentileza, cortesia, tato, moderação, a disposição de escutar um outro ponto de vista - significam que aqueles que as praticam levam outras pessoas a sério. Não infligem dor desnecessariamente. Acreditam que a verdade é mais importante que vencer um debate; que sensibilidade aos sentimentos do próximo não representa fraqueza, mas força. Por estranho que pareça, são os entrevistadores mais gentis, não os agressivos, que conseguem as respostas mais reveladoras. O talento vence, não a força bruta. Ouvir o outro lado com justiça é a única maneira de vencer uma discussão e conservar um amigo.

Diz o Livro dos Provérbios: "Um tolo se deleita em ventilar suas próprias opiniões." Em contraste, "A língua que traz a cura é uma árvore de vida." Ou para citar o filósofo francês André Comte-Sponville: "Boas maneiras precedem e preparam o caminho para as boas ações." A moralidade é como uma educação da alma, a etiqueta da vida interior. Somente aqueles que são pequenos fazem os outros se sentirem diminuídos. A polidez é o reconhecimento de que somos tão importantes quanto permitimos que os outros o sejam.
Por Professor Jonathan Sachs, Rabino Chefe da Inglaterra